As farmacêuticas Pfizer/BioNTech anunciaram, nesta segunda-feira, que três doses da vacina contra a Covid-19 geraram uma forte resposta imune em crianças de 6 meses de idade a 5 anos nos estudos clínicos. Os laboratórios também reforçaram que a versão do imunizante, que utiliza uma dosagem menor que a de outras faixas etárias, foi bem tolerada, segura e sem efeitos adversos graves. A expectativa é de que ainda nesta semana as empresas finalizem a submissão de documentos à Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos EUA, que avalia o possível aval da vacina para os pequenos.

“Nossa vacina foi estudada em milhares de crianças e adolescentes, e estamos satisfeitos que nossa formulação para as crianças mais novas, que selecionamos cuidadosamente para ser um décimo da dose para adultos, foi bem tolerada e produziu uma forte resposta imune. Esses dados de segurança, imunogenicidade e eficácia são encorajadores, e esperamos concluir em breve nossas submissões aos órgãos reguladores em todo o mundo”, afirmou o presidente da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.

As farmacêuticas disseram que uma análise inicial de 10 casos sintomáticos de Covid-19 identificados no estudo até o dia 29 de abril sugeriu uma eficácia de 80,3% na faixa etária menor de cinco anos. No entanto, elas ressaltam que esse dado não é conclusivo, uma vez que o protocolo determina que a eficácia deva ser calculada com base em pelo menos 21 casos. Os laboratórios seguem monitorando os números para estabelecer, futuramente, o percentual final de proteção.

Anteriormente, a Pfizer/BioNTech haviam testado duas doses da vacina, mas as aplicações induziram uma resposta imune mais fraca do que em adultos. Por isso, a análise pela FDA foi estendida, e as farmacêuticas incluíram uma terceira dose já nos testes – que demonstrou, assim como em outras faixas etárias, elevar a proteção contra a doença.

Isso acontece no momento em que todos os demais públicos já receberam o aval da agência para um esquema com três doses. Na semana passada, a FDA aprovou a aplicação do reforço para crianças de 5 a 11 anos, no período de pelo menos 5 meses após a segunda dose. No Brasil, a Pfizer afirmou ao GLOBO que está “atuando” para que os dados sejam analisados pela Anvisa, mas não informou quando enviará a documentação e solicitará o aval.

Vacinação de crianças pelo mundo – A agência americana analisa também dados enviados pela farmacêutica Moderna, que solicitou aprovação para vacinar bebês de 6 meses a 5 anos no final de abril. Hoje, a maioria dos países imuniza crianças a partir de 5 anos, mas alguns lugares já avançaram para faixas etárias a partir de 3 anos, com as vacinas CoronaVac e do laboratório Sinopharm, e de 2 anos, no caso de Cuba e Venezuela com o imunizante Soberana 02.

No Brasil, há um pedido do Instituto Butantan em análise pela Anvisa para aplicar a CoronaVac em crianças com mais de 3 anos. Por enquanto, o imunizante é liberado apenas a maiores de 6 anos. Já a vacina da Pfizer é liberada para maiores de 5. Não há ainda solicitação da farmacêutica para estender o público a bebês a partir de 6 meses no país. (O Globo)

MIO TELECOM
CONSULTORA MARTA ALVES

Telefone/WhatsApp:

(83) 9 9869-0840

Exatus

 

WhatsApp: (83) 9 9802-6460